domingo, 18 de março de 2012

A vulnerabilidade da América Latina

Organizações mundiais alertam que a América Latina e o Caribe estão entre as principais regiões com elevada vulnerabilidade aos efeitos das alterações do clima. Isso se deve às suas características geográficas e também por deficiência política para enfrentar o fenômeno. A implementação de medidas efetivas é urgente.
Como exemplo das ameaças naturais, o derretimento das geleiras é emblemático. O fornecimento de água aos setores urbanos e agrícolas, que depende desse sistema pode entrar em colapso. O volume de cidades situadas em zonas costeiras também é um fator fundamental que coloca a América Latina em uma posição de vulnerabilidade ao fenômeno devido à elevação do nível do mar. Além, do branqueamento dos recifes de corais na costa do Caribe e do risco de retração das florestas da bacia amazônica. Ao levar em conta aspectos socioeconômicos percebe-se que uma parcela significativa da população se encontra em condições de extrema pobreza e que há uma frágil gestão ambiental. Esse cenário deve ser agravado.


Porém, de acordo com especialistas, a situação da América Latina e do caribe é pouco reconhecida pela comunidade internacional. A região tem menos capacidade política, financeira e tecnológica para enfrentar o problema e deve receber mais suporte técnico e financeiro das nações desenvolvidas. Para ter uma idéia, no período 2000-2006, a região recebeu apenas 9% dos recursos internacionais direcionados a desenvolvimento. Desse total, apenas 0,2% foi destinado a ações e políticas de desenvolvimento com cunho ambiental. Ainda segundo diversos especialistas, para solucionar essa deficiência, políticos e tomadores de decisão devem tomar mais consciência de todos os efeitos que as mudanças climáticas já vêm trazendo à região, substituindo a visão imediatista e a de desenvolvimento a qualquer custo, explorando e esgotando os recursos naturais.

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