Organizações mundiais alertam que a América Latina e o Caribe estão
entre as principais regiões com elevada vulnerabilidade aos efeitos das
alterações do clima. Isso se deve às suas características geográficas e
também por deficiência política para enfrentar o fenômeno. A
implementação de medidas efetivas é urgente.
Como exemplo das ameaças naturais, o derretimento das geleiras é
emblemático. O fornecimento de água aos setores urbanos e agrícolas, que
depende desse sistema pode entrar em colapso. O volume de cidades
situadas em zonas costeiras também é um fator fundamental que coloca a
América Latina em uma posição de vulnerabilidade ao fenômeno devido à
elevação do nível do mar. Além, do branqueamento dos recifes de corais
na costa do Caribe e do risco de retração das florestas da bacia
amazônica. Ao levar em conta aspectos socioeconômicos percebe-se que uma
parcela significativa da população se encontra em condições de extrema
pobreza e que há uma frágil gestão ambiental. Esse cenário deve ser
agravado.
Porém, de acordo com especialistas, a situação da América Latina e do
caribe é pouco reconhecida pela comunidade internacional. A região tem
menos capacidade política, financeira e tecnológica para enfrentar o
problema e deve receber mais suporte técnico e financeiro das nações
desenvolvidas. Para ter uma idéia, no período 2000-2006, a região
recebeu apenas 9% dos recursos internacionais direcionados a
desenvolvimento. Desse total, apenas 0,2% foi destinado a ações e
políticas de desenvolvimento com cunho ambiental. Ainda segundo diversos
especialistas, para solucionar essa deficiência, políticos e tomadores
de decisão devem tomar mais consciência de todos os efeitos que as
mudanças climáticas já vêm trazendo à região, substituindo a visão
imediatista e a de desenvolvimento a qualquer custo, explorando e
esgotando os recursos naturais.
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