segunda-feira, 19 de março de 2012

A América Latina no ramo das artes


A importância espanhola está também no plano das artes na Latino-America, especificamente na pintura, nas quais os latinos dedicavam-se a pintar imagens religiosas decorativas de igreja até meados do século XX, quando se voltaram para pintar a própria vida do povo do seu continente.
O artesanato latino americano tem forte influência indígena, já que os índios não somente da região como em geral eram excelentes artesões e produziam as peças com barro, metal, e tecelagem, além de cobre, prata, estanho, peças coloridas de cerâmica e artigos tecidos a mão. Essa excelência indígena passava também pelo campo da escultura, existindo por toda América Latina esculturas de pedra e as imagens religiosas esculpidas em madeira e pintadas em dourado.

Arte Latino-Latin American Art               


                 


                     

 


Os chamarizes da cultura latina

A dança e a música são os chamarizes da cultura latino americana e são as mais variadas, indo das simples cantigas aos clássicos. Suas danças são parte importante dos festejos, são folclóricas, alegres e pitorescas, havendo também as danças de seriedade, lentas, românticas, e diversas outras como o tango, rumba, salsa e samba. 


Salsa
Mambo


Rumba
   
        
Tango
Samba
Rumba
Chá Chá Chá



Jive
               
 
Passo Doble - origem espanhola


              

         

domingo, 18 de março de 2012

Quadro religioso dos países latino-americanos


A vulnerabilidade da América Latina

Organizações mundiais alertam que a América Latina e o Caribe estão entre as principais regiões com elevada vulnerabilidade aos efeitos das alterações do clima. Isso se deve às suas características geográficas e também por deficiência política para enfrentar o fenômeno. A implementação de medidas efetivas é urgente.
Como exemplo das ameaças naturais, o derretimento das geleiras é emblemático. O fornecimento de água aos setores urbanos e agrícolas, que depende desse sistema pode entrar em colapso. O volume de cidades situadas em zonas costeiras também é um fator fundamental que coloca a América Latina em uma posição de vulnerabilidade ao fenômeno devido à elevação do nível do mar. Além, do branqueamento dos recifes de corais na costa do Caribe e do risco de retração das florestas da bacia amazônica. Ao levar em conta aspectos socioeconômicos percebe-se que uma parcela significativa da população se encontra em condições de extrema pobreza e que há uma frágil gestão ambiental. Esse cenário deve ser agravado.


Porém, de acordo com especialistas, a situação da América Latina e do caribe é pouco reconhecida pela comunidade internacional. A região tem menos capacidade política, financeira e tecnológica para enfrentar o problema e deve receber mais suporte técnico e financeiro das nações desenvolvidas. Para ter uma idéia, no período 2000-2006, a região recebeu apenas 9% dos recursos internacionais direcionados a desenvolvimento. Desse total, apenas 0,2% foi destinado a ações e políticas de desenvolvimento com cunho ambiental. Ainda segundo diversos especialistas, para solucionar essa deficiência, políticos e tomadores de decisão devem tomar mais consciência de todos os efeitos que as mudanças climáticas já vêm trazendo à região, substituindo a visão imediatista e a de desenvolvimento a qualquer custo, explorando e esgotando os recursos naturais.

Número de evangélicos cresce em toda a América Latina.

As igrejas evangélicas, com forte papel social, multiplicam-se no Brasil e na América Central, ameaçando a tradicional hegemonia católica, afirma o jornalista Carlos Cano, em reportagem publicada no Jornal El País.
Não existem estatísticas consolidadas, mas em El Salvador, de acordo com pesquisa recente realizada pelo Iudop, o instituto independente da Universidade Centro Americana (UCA), dos jesuítas, os 16% da população que se declaravam protestantes em 1988 são hoje mais de 38%. E nos demais países do continente, com exceção do México, pelo menos uma em cada dez pessoas é protestante. Há casos, como na Guatemala, em que se prevê que será majoritariamente evangélico em breve.
Embora esta tendência seja alta na América Central, há os casos em que os dados falam por si, como no sul do Panamá. O número de protestantes no Brasil foi sempre inferior a 5% até 1960. Mas durante os anos 90 essa proporção subiu de 9% para 15,4% em relação à população total. E agora, com cerca de 30 milhões de evangélicos, os brasileiros competem com a Alemanha, a África do Sul e a Nigéria pelo terceiro lugar na escala dos países com mais protestantes no mundo, hoje ainda liderada pelos Estados Unidos e o Reino Unido.
 O protestantismo histórico, seja o de Lutero, de Calvino ou o anglicanismo, sempre foi minoria na América colonial, até inícios do século XX, com as ondas de reavivamento espiritual e a expansão das igrejas pentecostais, que começaram a enraizar-se. Mas - indagou o jornalista - o que deve ter gerado uma mudança tão significativa num continente que durante séculos foi esmagadoramente católico?
Samuel Rodrigues, chefe da NHCLC, a maior organização hispano-evangélica nos EUA, apresenta três motivos: o primeiro, é que para se tornar evangélico "não precisa mudar sua cultura, porque o Evangelho pode ir com salsa ou mariachi"; o segundo, a Igreja Evangélica propõe "uma relação com Deus, sem a burocracia religiosa"; ela manifestou-se contra ditaduras, com vistas a "uma religião da liberdade".
O antropólogo salvadorenho Carlos Lara disse que em seu país a ascensão do protestantismo "tem a ver com a guerra" e, embora apenas em parte, com uma certa reação "não-política à teologia da libertação". Foi essencial, contudo, a mudança sociocultural ocorrida, analisou.
Outros espaços de atuação evangélica é seu papel social nos centros de reabilitação de drogas, no serviço de apoio nas prisões e nas escolas, e não apenas em ações de grande escala. Lara destacou que as igrejas evangélicas "funcionam como micro-sociedades em que os níveis de ajuda mútua são muito fortes."
Alguns têm até atribuído ao protestantismo um efeito elevador. Mas o antropólogo americano David Stoll, autor do premonitório ensaio "A América Latina está se tornando protestante?", embora seja cético pondera que "passar quatro noites na igreja, em vez de bêbado na rua, melhora a nutrição das crianças e promove papéis familiares mais adequados. Mas não se pode demonstrar que se tornar evangélico melhore sua condição social".
Diante da perda de fiéis, Crisóforo Dominguez, da Conferência Episcopal Latino-Americana (Celam), diz que "mais que um erro, a Igreja Católica está cometendo um pecado de omissão". Quando indagado pela visita de Bento XVI ao Brasil em 2007 - interpretada então como uma forma de frear as conversões aos evangélicos, "a opinião dos estudiosos consultados pelo El Pais é unânime: não serviu de nada".
Samuel Rodrigues não tem dúvidas de que até o final do século o continente será "essencialmente evangélico". Mas nem todos têm essa visão com tanta clareza. O teólogo espanhol e professor em Georgetown (Washington), José Casanova, observa que "as projeções não estão se realizando". E o sociólogo Antônio Pierucci afirma que "havia muitos católicos dispostos a abraçar uma religião mais exigente em termos de comportamento e dedicação. Inclusive com o dinheiro. Mas não são todos", diz ele, "e é o que marca o teto".
Projeções estatísticas de lado, ninguém atribui demasiada importância às consequências. Samuel Rodrigues acredita que "os valores (evangélicos e católicos) são os mesmos". Tanto que os compara com "a Pepsi e a Coca-Cola". Antonio Pierucci, entretanto, descartou uma mudança cultural: "O grande problema é que os evangélicos proíbem o álcool, por isso, após um casamento, bebem água ou suco de frutas. Você sabe quanto tempo dura uma festa dessas?", pergunta ironicamente.
O que parece claro é que a visão evangélica reserva às mulheres um papel de maior protagonismo social. "Isso é muito importante," afirma José Casanova, "não tanto pelos pastores - que nas igrejas protestantes podem ser mulheres - mas pela clientela feminina, que contraria o machismo".
Há também alguns que desenham uma americanização da cultura, mas José Casanova constata que, em qualquer caso, a influência será bidirecional. "Nos EUA, a longo prazo, haverá um deslocamento pró-democracia do voto hispânico evangélico".
Outro efeito do auge do protestantismo, segundo José Casanova, é a "renovação" católica: no Brasil, os carismáticos - com as práticas cerimoniais semelhantes aos de alguns evangélicos - representam mais de 20%.
Samuel Rodrigues aponta inclusive para a política: "Muitos líderes de sucesso falam de redenção e de Jesus". Até "a fraseologia de Hugo Chávez é evangélica", analisa. E o Twitter parece lhe dar razão. Após abrir o túmulo de Bolívar, o presidente venezuelano twitteou: "Meu Deus, meu Deus. Cristo meu, Jesus Cristo Nosso. Enquanto eu orava em silêncio, vendo aqueles ossos, eu pensei em você".


 


 

Número de católicos na América do Sul tem ligeira queda, mostra pesquisa do Vaticano.


A nova edição do Anuário Estatístico da Igreja, apresentado ao papa Bento XVI no sábado, 10, revela que em 2010 o número de católicos passou de 1181 para 1196 milhões, o que representa um aumento de 1,3 por cento. No entanto, em relação ao restante da população, a proporção de católicos no mundo ficou estável (17,5%).


A porcentagem de católicos teve uma pequena redução entre a população da América do Sul (de 28,54% para 28,34%). Na Europa registrou-se redução mais acentuada (de 24,05% para 23,83%), enquanto a África  (de 15,15% para 15,55%) e a Ásia ( 10,41% a 10,87 %) tiveram acréscimo.


A publicação também registra um incremento de 1.643 vocações sacerdotais, o que segundo o Vaticano mantém a tendência desde o ano 2000. Houve um aumento no número de diáconos permanentes ( 3,7% ) e a estabilização no número dos religiosos que não são sacerdotes, pouco mais 54 mil no mundo. Entre seminaristas diocesanos e religiosos de Teologia e Filosofia, apesar da redução na Europa (10%), no mundo houve um crescimento de 114 439 em 2005 para 118 990 em 2010 (3,97%).

Catolicismo na América Latina

Nos países latino-americanos, há uma certa predominância do catolicismo entre as populações.


O termo "catolicismo" é utilizado para se referir à Igreja Católica Romana. Esta tem como autoridade primária o Papa e os Bispos.